Registro civil

Mais não, menos sim

IBGE revela que os divórcios aumentaram 63% em Pelotas, de 2014 para 2015, enquanto os casamentos caíram 2,24%

Flávio Neves -

Mais divórcios e menos casamentos.

Entre os pelotenses, segundo o relatório Estatísticas do Registro Civil, divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceram os índices de divórcios em 2015 - 224 casos - em relação a 2014, quando foram registrados 137. Já os casamentos sofreram decréscimo. Foram 1.354 uniões oficializadas, enquanto no ano anterior chegou a 1.385. O levantamento analisa ainda os nascimentos e óbitos, todos referentes ao ano passado.

Novos comportamentos também puderam ser identificados através do relatório, explica Rogério Krause, chefe da agência do IBGE em Pelotas. Dezembro, novembro e janeiro, na sequência, têm sido os preferidos para os matrimônios, deixando o até então consagrado mês de maio na quarta posição entre os pelotenses. Verão e 13º salário são fatores que pesam na mudança, especula Krause.

O mercado especializado no segmento confirma a tendência revelada na pesquisa e vai além.

Segundo Letícia Lage, que trabalha em uma loja voltada para o setor, o perfil dos noivos também é outro. Segundo ela, são pessoas que na maioria das vezes estão juntas há algum tempo e deixaram para oficializar a união mais tarde. A crise, é claro, também faz suas marcas, mas não é fator determinante para se decidir ou não pelo casamento. “O pessoal aperta daqui e dali mas preza pela festa, por celebrar o momento. Ainda tem muita gente que faz questão de casar”, conta.

Outro dado apresentado no levantamento é de que em 2015 nasceram mais bebês do sexo masculino do que do feminino, 50,9% e 49,1%, respectivamente, em Pelotas - acréscimo de 14,14% em relação aos registros de 2014. O curioso, aponta Krause, é que a população do município é composta na sua maioria por mulheres, enquanto como indica o levantamento, nascem mais homens. “Aí entram os fatores externos e sociais, que acabam mudando os números ao longo da vida destes indivíduos, e mostram que as mulheres vivem mais do que os homens.”

Segurança
A violência também está retratada no documento. Ocorreu um crescimento de 3,32% no número de óbitos com relação a 2014. Entre as mortes violentas, foram 67 a mais do que em 2014, a grande maioria enquadrada na faixa etária de 15 a 24 anos. Cerca de 80, do total de 109 homicídios, acompanhados pela equipe do DP, ocorreram por arma de fogo. O índice de mortes violentas vai além, registrando outras situações como no trânsito.

Todos os resultados foram calculados a partir de registros de Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais, e de divórcios, declarados pelas Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis e os Tabelionatos.

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